Tao

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008


O Tao que pode ser expresso não é o Tao Absoluto.
O nome que pode ser revelado não é o nome Absoluto.
Sem nome é o princípio do universo.
Com nome, é a Mãe de todas as coisas.
O Ser provém da Fonte Incognoscível.
O Existir nos leva pelos canais cognoscíveis.
Ser e Existir são a Realidade total.
A diferença entre Ser e Existir
É apenas de nomes.
Misterioso é o fundo da sua unidade.
Eis em que consiste a sabedoria suprema.


Tradução de Albe Pavese (Ed. Madras):

O Tao que pode ser expressado não é o Tao Absoluto.
O nome que pode ser revelado não é o nome absoluto.
Sem nome, é o princípio do Céu e da Terra.
Com nome, é a Mãe de todas as coisas
Assim, quem permanece sem desejos contempla o misterioso Princípio.
Quem guarda desejos contempla o limite das aparências.
Ambos são idênticos na sua Origem.
Diferentes são seus nomes ao Fazer-se manifestos.
Este mistério chama-se Infinita Profundidade.
Profundidade não desvelada pelo homem.
A porta de todas as maravilhas do Universo.

2 comentários:

Marcel Cervantes de Oliveira disse...

Olá caro TrOll!

Obrigado pela visita e pelo comentário!

Às vezes eu acho que não é apenas o TAO que é espresso que deixa de ser o TAO absoluto, mas qualquer coisa que assim seja feita. Eu posso dizer: - "À frente de minha casa, há uma árvore." Mas o que de fato é essa árvore? Será que ela pode ser reduzida a meras e simples 6 letras... Acho difícil. Há um universo por trás dessa palavra - um universo desconhecido e obscuro.

O que seria o TAO? Talvez só o silêncio poderia responder... só fico em dúvida se é um silêncio vazio ou um silêncio pleno...

O que você acha, meu caro?

Abraços!
Marcel

Tr0ll disse...

Marcel,

Deixando de lado essa questão daquilo que 'é' ou daquilo que 'não é' (visto que uma afirmação dessa natureza, só incorreria num sem número de implicações filosóficas -contraditórias-, que em nada facilitam o entendimento da questão), concordo que segundo a ótica da ciência moderna, cortar um pedaço do mundo e analizá-lo (ou ainda dividi-lo em peças cade vez menores afim de 'simplificar') não ajuda em nada. O simbolo jamais será idêntico a idéia/objeto/fenômeno, a verdade jamais será igual ao relato da verdade, aquilo que é análogo por certo deve ser utilizado como facilitador da comunicação (esse verdadeiro Leviatâ), mas nunca como substituto definitivo.
>Recentemente em uma de minhas experiências oníricas (no caso um sonho lúcido) me deparei com a seguinte problemática: o conteúdo do sonho em questão me parecia bastante relevante, ao ponto de ainda sonhando me preocupar em lembrar de todos os detalhes, como única solução possivel, num momento raro de 'controle' desenhei uma alegoria simbólica da visão celestial que vivenciei (algo que resumisse o sonho), no intuito de que quando desperto, minha mente conciente (que não dispoe da mesma capacidade associativa do inconsciente) pudesse emfim utilizar a imagem como um mapa da 'visão', e paseada nesse mapa pudesse redescobrir o conteúdo do sonho.
>Quando acordei tudo que pude imaginar era a sensação dos profetas e suas visões de 'Deus', os animais de Ezequiel ou mesmo as miriades de São João.
>Como conclusão te respondo: toda afirmação é arbitrária (inclusive esta), mas se você me descreve que na frente da sua casa tem uma 'árvore', logo de pronto me ponho a imaginar o que é uma árvore na minha cabeça e não na de outrem, se pleno ou vazio, pouco importa, nada resta por ser dito, quando em silêncio...