Pluralidade - O Quatro

sábado, 23 de fevereiro de 2008

O NÚMERO QUATRO

O número quatro feito coisa
ou a coisa pelo quatro quadrada,
seja espaço, quadrúpede, mesa,
está racional em suas patas;
está plantada, à margem e acima
de tudo o que tentar abalá-la,
imóvel ao vento, terremotos,
no mar maré ou no mar ressaca.

Só o tempo que ama o ímpar instável
pode contra essa coisa ao passá-la:
mas a roda, criatura do tempo,
é uma coisa em quatro, desgastada.

João Cabral de Melo Neto


Prithivi - Quadrado Amarelo



O princípio do Ar (3 – três) não representa propriamente um elemento em si, a essa afirmação vale também para o princípio da terra. Isso significa que, do efeito alternado dos três elementos mencionados em primeiro lugar, o elemento terra formou-se por último, pois através de sua característica específica, a solidificação, ela integra em si todos os outros três. Foi justamente essa característica que conferiu uma forma concreta aos três elementos. Ao mesmo tempo porém foi introduzido um limite ao seu efeito, o que resultou na criação do espaço, da dimensão, do peso, e do tempo. Em conjunto com a terra, o efeito recíproco dos outros três elementos tomou-se quadripolar. O fluido na polaridade do elemento terra é eletromagnético. Como todos os elementos são ativos no quarto elemento(o da terra) toda a vida criada pode ser explicada. Foi através da materialização da vida nesse elemento que surgiu o "Fiat", o "faça-se”. (IIH – Franz Bardon)



O Grande Tao não tem forma corpórea, mas foi ele quem produziu e alimenta o Céu e a Terra.

O Grande Tao não tem paixões, mas é a causa das revoluções do Sol e da Lua. O Grande Tao não tem nome, mas é Ele quem mantém o crescimento e a conservação de todas as coisas.


As manifestações da natureza, vias de regra, se apresentam como dois bipolos, assim sendo manifestam-se no mistério Quatro (mistério porque não se sabe o porquê das manifestações básicas da natureza se processar através de dois bipolos, formando Quatro elementos).
Na constituição das coisas se faz presente o mistério três, enquanto que as manifestações da natureza obedecem ao mistério quatro. Vejamos alguns exemplos: Verão/ inverno; primavera /outono; lua cheia/ lua nova; lua /crescente/minguante; Norte/Sul/; Leste/ Oeste, etc..

Os sábios de um passado remoto diziam que o mundo material era o resultado da ação de quatro elementos essenciais: Fogo, terra, água, ar. [1]


O mundo material está constituído por esses quatro elementos. Embora pareça isso algo absurdo, queremos dizer que não foge muito ao que a própria ciência ensina com outras palavras. Diz a ciência que a terra inicialmente foi uma bola gasosa (ar) muito quente (fogo) e que ao esfriar se formaram os elementos que se organizam formando a terra. Dos vulcões primitivos saíram os gases que deram origem ao ar assim como o vapor que deu origem à água. Da interação dos elementos constitutivos desses quatro princípios todas as coisas surgiram.

Assim vemos que a primeira estruturação do mundo denso já foi estabelecido segundo o mistério quatro (lei do quatro.).

A natureza se manifesta em quatro aspectos: Sólido/ Líquido/ Gasoso / Radiante (atualmente a ciência em vez do nome radiante usa a palavra plasma). Existem 4 reinos: Mineral / Vegetal, Animal e Hominal. [2]
A natureza manifesta as coisas por um desses 4 estados: Quente / frio / seco / úmido.

Os pontos cardeais são quatro: Norte / Sul / Leste / Oeste. Onde quer que estejamos a nossa mente identifica: Para diante / para trás / para um lado / para o outro lado.(esquerda e direita). [3]

=>O número quatro é próprio dos quatro Evangelhos, como diz Ezequiel (1,4): "E no centro havia a semelhança de quatro animais" [20] . O quatro também significa misticamente as quatro virtudes dos santos: Prudência, Justiça, Fortaleza e Temperança [21] ; que, pela liberalidade de Deus, revigoram as almas dos santos. Daí que o Evangelho (Mc 8,9) diga: "E os que comeram eram cerca de quatro mil pessoas. Em seguida, Jesus os despediu" [22] . Quatro também diz respeito às quatro partes do mundo [23] a partir das quais a Santa Igreja se reunirá. Daí que afirme o profeta (Is 43,5): "Do Oriente conduzirei a tua descendência e do Ocidente eu te reunirei. Direi ao setentrião: ‘Devolve-os!’ e ao meio-dia: ‘Não impeças!’". Do mesmo modo, o quatro pode simbolizar os quatro elementos [24] dos quais é formado o corpo humano, pois principalmente deles depende a força e a subsistência do corpo. Com efeito, no Evangelho está escrito que o paralítico no leito era transportado por quatro [25] .


IV - A TÉTRADA


"O Número Quatro é aquele sem o qual nada poderia ser revelado, pois é o número universal da perfeição" (Dos Erros e da Verdade). "O Ser Supremo, apesar de estar ligado a todos os números, se manifesta particularmente pelo número do quadrado, que é ao mesmo tempo, o número do homem" (Dos Erros e da Verdade). "Pela presença da realidade divina neste numeral, ele age diretamente também, em todos os seres setenários e remete à notável ordem que ocupavam em sua origem”. (-Obras Póstumas).

O quadrado é um, como a raiz da qual é o produto e a imagem pela qual se manifesta. Ele mede toda a circunferência, já que o homem no centro do seu primeiro império abarcava todas as regiões do universo. O quadrado é formado por quatro linhas e o lugar do homem era indicado por quatro linhas de comunicação, que se estendiam aos quatro pontos cardinais da natureza. Este quadrado se origina no centro e o trono do homem era no seio da terra de seu domínio, portanto governando os sete instrumentos de sua glória. O quadrado é portanto, o verdadeiro símbolo daquele lugar de deleite conhecido em todos os lugares pelo nome de Paraíso Terrestre.

"O quatro é o número de qualquer centro e assim sendo, é o do fogo também, pois este ocupa o núcleo de todos os corpos. É, da mesma forma, o do espírito temporal, garantido ao homem para a sua reconciliação, mas este é o mais interior dos três círculos que o homem tem de atravessar antes de chegar o dia de sua Reconciliação, que é representada pelo número três" (Obras Póstumas).

O quaternário, representado pelos quatro mil anos depois dos quais "Cristo" nasceu neste mundo, é a imagem da manifestação divina a se opor ao poder perverso que a represa dentro dos seus limites de privação espiritual. O homem, a quem o número quatro é destinado pela Providência Divina, não pode se beneficiar deste número senão da mesma forma pela qual ele usou bem sucedidamente o primeiro poder corporal que lhe foi dado, como uma forma de se proteger contra a primeira ação do líder quinário”.

"Se o homem permitir que este simples poder inferior seja degradado, o inimigo tem muito mais facilidade de atacá-lo, com vantagens, no poder temporal ativo. Assim sendo, longe deste poder ser usado para benefício da humanidade, à qual ele deveria comunicar amor, vontade, fé, pleno de todos os sentimentos espirituais próprios a esta reconciliação, o intelecto desequilibrado faz uso deste mesmo veículo (número 4) para sugerir todas as paixões falsas e más e os sentimentos que separam o homem do seu objetivo" (-Obras Póstumas).

Desta forma, o espírito reparador dos crimes da posterioridade humana para a manutenção da justiça divina é, também, anunciado pelo número Quatro.


Sobre os Elementos


‘Tudo o que foi criado, o macrocosmo e o microcosmo, portanto o grande e o pequeno mundo formaram-se através dos elementos. Por causa disso pretendo, já no começo da iniciação, ocupar-me justamente destas forças a mostrar especialmente sua profundidade a seu múltiplo significado (...) Nos escritos orientais mais antigos os elementos são definidos pelos Tattwas. Na nossa literatura européia só lhes damos atenção na medida em que enfatizamos seus bons efeitos ou apontamos suas influências desfavoráveis, o que quer dizer, portanto que sob a influência dos Tattwas determinadas ações podem ser levadas adiante ou devem ser deixadas de lado. Não há dúvidas sobre a autenticidade desse fato, mas tudo o que nos foi revelado até hoje aponta só para um aspecto muito restrito dos efeitos dos elementos. A prova dos efeitos dos elementos em relação aos Tattwas, para o uso pessoal, consta de modo suficientemente explícito nas obras astrológicas.

Porém eu penetro mais profundamente no segredo dos elementos, a por isso escolho uma outra chave, aliás análoga à astrológica, mas que não tem nada a ver com ela. Pretendo ensinar as diversas maneiras de utilizar essa chave até agora desconhecida para o leitor. Além de desvendar o seu lado teórico, também mostro a sua utilização prática, pois é justamente nela que reside o maior arcano.

Sobre esse grande conhecimento secreto dos elementos já se escreveu no mais antigo livro da sabedoria esotérica, o Tarô, cuja primeira carta, o mago, representa o conhecimento e o domínio dos elementos. Nessa primeira carta os símbolos são: a espada, que simboliza o elemento fogo; o bastão, que simboliza o elemento ar; o cálice, o elemento água; a as moedas o elemento terra.

Aqui podemos perceber que já nos antigos mistérios apontava-se o mago como primeira carta do Tarô, a assim se escolhia o domínio dos elementos como primeiro ato da iniciação. Em homenagem a essa tradição quero também dedicar a maior atenção, sobretudo a esses elementos, pois como veremos adiante, a chave para os elementos é um meio universal com o qual é possível solucionar todos os problemas que surgem (A Chave-Mestra). De acordo com os indianos, a simbologia dos Tattwas é a seguinte:



O NOME DE DEUS EM QUATRO LETRAS (tetragrammaton)

L O R D - Inglês

S O R N - Persa

B A G H - Persa

D I E U - Francês

G O T T - Alemão

D E U S - Português

J H V H - Hebreu (J H W H, Y H W H, I A V É, Yod-He-Vav-He)

J A V É - Variante em português do hebreu JHVH).

A D A T - Sírio

G O D T - Germano

D O V A - Sânscrito

G O D T - Sueco

A L A H - Árabe, em português as variações podem ser: Alá, Álah, Allah

D I O S - Espanhol

T O O S - Grego

Z E U S - Grego Antigo

O D I M - Viking, Saxão

T H O T - Viking

A M O N - Egípcio

P A P A - Inca

B A A L - Fenício

I L L U - Sírio

S H I N - Japonês

N E B O - Caldeu

H A R K - Hindu

T U P Ã - Tupi Guarani

Y U S A - Jívaro - tribo indígena do Equador

C A R Ú - Munducurú - antiga tribo indígena da selva dos tapajós

O B E A - No sincretismo dos revivalistas, Jamaica, outra variante é Obeaman

D E U M - Latim - de acordo com a declinação da frase, varia em Dei, Deo, Deum

D E V S - Latim Cristão

B U D A - Em algumas dissidências do hinduísmo, é considerado Deus.

B A R A - Também Behaístas

X I V A - Hinduísmo.

E M E T – Verdade em hebraico

Trindade

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

3 - três - A Inteligência Infinita

C & G (GUIMEL / bJ)

TRÍADE



O 1 é o ponto o 2 é a linha e o 3 é o triângulo com as 3 medidas geométricas do comprimento, da largura e da profundidade ou altura. O Três é o primeiro número harmônico tendo um âmbito estável, alcunhado Portão da Forma por tornar-se dimensional. Ele é um patamar que se atinge para se poder planejar, possibilitando definições.

O 3 é síntese do crescimento e desenvolvimento. É expansão, definição e desdobramento. São 3 os momentos dialéticos da Tese / Antítese / Síntese que se expressam criativament. O 3 é expressão de criação. São os três tempos do verbo: passado, presente, futuro. Na linguagem é o sujeito, o verbo e o predicado. Presente ainda no triângulo edípico familiar, do filho (a), do pai e da mãe. No aparelho psíquico da 1a tópica freudiana do inconsciente, o pré-consciente e o inconsciente, ou ainda da 2a Tópica Id, o Ego, e o Superego e na composição da Tópica Lacaniana do Imaginário, o Simbólico e o Real.

O Três está presente em várias culturas, mitos e religiões, retratando que 3 linhas , 3 facetas compõem 1 triângulo, que tendo uma base triângular forma um triedro, revelando uma equivalência do 3 com o 1. Assim, temos : O Taoísmo, com o Tao da unidade triádica caminho-caminhante-caminhada. O Hinduísmo com Brahma (criador), Vishnu (conservador) e Shiva ( tranformadora). As 3 parcas romanas ou as 3 moiras gregas que fiam, tecem e cortam o destino. No antigo Egito eram Horus, lsis e Osiris. No cristianismo da Santíssima trindade unitária do Pai, Filho e Espírito Santo. O Judaísmo do Tetragramaton=YHWH que se reduz sucessivamente em Trigramaton=YHW, Bigramaton=YH até a primeira letra Y que condensa nela o nome sagrado e inefável de ‘Deus’ sendo que (Yöd=10 = 1).


Corpo-Mente-Espírito visto como órgão fractal


Observando o corpo-mente a partir de uma perspectiva mais ampla, vemos que o cérebro (mental) controla a cognição, o corpo (físico) provê os aportes que estimulam a função do cérebro e a neuroquímica (emociono-sócio-espiritual) é criada pela estimulação sensorial — geralmente a partir do ambiente, que ativa os elementos neuroquímicos para que atuem em rede e integrem corpo e cérebro. Inquestionavelmente, a interação entre corpo, mente e espírito afeta suas partes constituintes. Seria verdade que corpo, mente e espírito são afetados por uma representação mais ampla desse postulado fractal? Existe abundante evidência de que essa construção fractal é funcional com os ambientes que cercam o indivíduo. Influências mentais, físicas e espirituais não apenas nos rodeiam; elas também contribuem para a qualidade de nossa capacidade intelectual, de nossa saúde física e para as condições e desenvolvimento emocional, social e espiritual. Considere o impacto ambiental entre essas três realidades.



Triangulo de Pascal

A matemática indiana iniciou em cerca de 3 000 AC, na região de Harappa e Mohenjodaro. Era uma matemática bem rudimentar e foi somente com a introdução da religião védica, que acompanhou a invasão ariana c. 1 500 AC, é que passamos a encontrar a resolução de problemas não triviais. A matemática védica era basicamente geométrica, toda voltada para os complicados rituais de construção dos altares para suas cerimonias religiosas.

Graças à Pingala (matematico indiano) no ano de 200 a.C. - quase 2 000 anos antes de Pascal - é que encontramos o triângulo aritmético pela primeira vez.
O envolvimento de Pingala com o triângulo resultou de seu estudo de métricas musicais na versificação. Com efeito, ele observou que a expansão de, sucessivamente, métricas de uma, duas, três, etc sílabas podia ser disposta sob a forma de uma padrão numérico triangular que corresponde ao triângulo aritmético e que ele denominou meruprastara, em homenagem ao sagrado Monte Meru.

Para clarificar, usemos um exemplo numérico:
-para achar as combinações das três sílabas ba, be, bi ele ia até a quarta linha do meruprastara, 1 3 3 1, e então concluia:

  • 3 combinações de uma sílaba: ba, be, bi
  • 3 combinações de duas sílabas: babe, babi, bebi
  • 1 combinação de três sílabas: babebi
Também é importante mencionarmos o livro chinês Precioso espelho dos quatro elementos, escrito c. 1 300 dC por Zhu Shijie. Este livro traz figuras de triângulos com até nove linhas e seu autor os denomina diagramas do método antigo para calcular grandes e pequenas potências. Contudo, é necessario lembrar que a denominação chinesa mais comum para o triângulo aritmético é triângulo de Yang Hui.

A reconstrução do início do envolvimento dos matemáticos de religião islâmica com o triângulo aritmético é difícil pois que os principais documentos associados perderam-se na noite dos tempos. Contudo é razoavelmente garantido podermos afirmar que, a maioria dos islamitas aprenderam o triângulo aritmético através de compilações escritas em árabe de livros indianos, como é o caso do Princípios do Cálculo Hindu, escrito por al Jili c. 1 000 dC, e o Coisas suficientes para entender o Cálculo Hindu, por al Nasawi, também em c. 1 000 dC.

Por outro lado, segundo os grandes especialistas em história da matemática islâmita, Roshdi Rashed e Adel Anbouba, o triângulo teria sido redescoberto em 1 007 pelo matemático al Karaji. Esse matemático teria utilizado o triângulo para obter o desenvolvimento de potências quadrática, cúbica e quártica de binómios em seus tratados de álgebra: o al Fakhri e o al Badi.

"O Número Três não deriva seu princípio de si próprio e nem mesmo tem um princípio"


As observações a respeito deste número são dispersas e obscuras, incluindo referências vagas a uma lei temporal da trindade, da qual a lei temporal da dualidade depende completamente. "Na ordem divina, 3 é a Santíssima Trindade, como 4 é o ato de sua explosão e o 7, o produto universal e a imensidão infinitas que resultaram das maravilhas desta explosão"


"Existem três princípios em todos os corpos; o círculo é um corpo; os raios de um círculo são linhas retas, materialmente falando; e por sua aparente retidão e capacidade de se prolongar ao infinito eles são a imagem real do princípio gerador. Os espaços entre os raios são triângulos e assim, a ação do princípio gerador é manifestada pela produção de uma tríade. Ao juntar o número do centro com a tríade por ele gerada teremos um sinal do quaternário. Portanto, a concepção de uma ligação íntima entre o centro (ou princípio gerador) e o princípio secundário, que está provado ser 3; pelos 3 lados do triângulo e pelas 3 dimensões, nos dá a idéia mais perfeita do que seja o nosso quaternário imaterial”.


"Sem a chave dos números, as correspondências entre as três regiões da verdadeira filosofia: divina, espiritual e natural, não poderiam ser estabelecidas ou observadas corretamente”.


"Se o número três é imposto a tudo que é criado, é porque ele imperava em suas origens”.


Guimel é o numero 3. O dia Guimel, o 3º Dia da Criação assim está no Gênesis: Deus disse: “As águas sob o céu serão juntadas em um lugar, e a terra seca será vista”. Assim foi, Deus chamou a terra seca “Terra”, e ao ajuntamento das águas Ele chamou “Mares”. Deus viu que era bom. Deus disse: A terra brotará vegetação. Plantas que produzem sementes e árvores frutíferas que produzem suas próprias espécies de frutos com sementes estarão na terra”.

É, portanto, neste terceiro dia que nasce a Árvore da Vida com seus 10 frutos.


Dualidade

sábado, 16 de fevereiro de 2008

2 - dois – A Sabedoria Absoluta

B (Beit/Beth)
DÍADI

O 1 é o ponto . e o 2 é a linha que une dois pontos . ___ . . Pode ainda ser representado por 2 linhas que podem se cruzar, fazendo o X da questão ou como paralelas parearem para se encontrar no infinito. Podem ainda se unirem na quina de um ponto formando um ângulo,
que é sempre uma relação de dois termos mas que desse encontro evidencia-se um terceiro termo, dito resultante, que se manifesta de uma determinada forma. O ponto de vista é a vista de um ponto. Assim, toda relação é entre dois termos , mas é da sua interação propriamente dita, este entre os dois, que se dá a própria relação, numa tautologia cognoscitiva, que traduzem numa
forma manifesta de um terceiro termo que, como veremos, se dará no 3 do triângulo, pois Biná
compreende a sabedoria de Chochmáh.



"é o sistema filosófico ou doutrina que admite, como explicação primeira do mundo e da vida, a existência de dois princípios, de duas substâncias ou duas realidades irredutíveis entre si, inconciliáveis, incapazes de síntese final ou de recíproca subordinação."


"O número dois tem princípio nele mesmo, mas não se origina de si mesmo"

É impossível se produzir dois de um e se algo se separa dele pela violência, só pode ser ilegítimo e uma diminuição de si mesmo. Mas esta diminuição é aquela do âmago do ser, pois de outra forma, este seria apenas um. A diminuição feita no âmago é realizada no meio do ser, pois dividir qualquer coisa ao meio é cortá-la em duas partes. Esta é a verdadeira origem do binário ilegítimo.

Muitas estruturas possuem uma espécie de inversa, como os números reais, as matrizes, e etc. Esta dualidade, como é chamada, pode se apresentar de diversas formas. Suas características são tais que o dual de um objeto (primal) deve ter estrutura semelhante, e o dual do dual é o primal.


Desde Newton, a polêmica sobre o caráter ondulatório ou corpuscular da radiação foi continuamente mantida, até que por volta de 1905 Einstein apresentou uma teoria estabelecendo os limites de validade de um e outro comportamento. Em suma, na segunda década deste século não havia razão para duvidar do caráter dualístico da radiação: ora ondulatório, ora corpuscular. Sob o ponto de vista moderno, depois de tudo que sabemos, parece natural imaginar que essa dualidade também seja verdadeira para a matéria. Todavia, o conhecimento científico da época não permitia essa generalização.


[...] Ver de forma dual é cegar-se. No Surangama Sutra o Buda diz: "Quando abre os olhos e tem a experiência de ver um mundo circundante, você é um cego contemplando a névoa de sua mente".

Um aspecto da atração mútua que é tão importante no TANTRA IOGA quanto na psicologia freudiana é a libido, quando se manifesta como guia sexual, não é de todo considerada apenas sensualidade, mas, em níveis mais profundos, como a alma fervorosamente buscando perfeição espiritual. Aqui, o impulso erótico (libido) aparece como uma sede insaciável da psique, a tentativa de chegar à perfeição através da unidade complementar dos pólos opostos. Desta forma, renasce como um andrógeno genuíno da Tradição Secreta (da senda esquerda) – a criança mágica que é SHIVA e SHAKTI – Dessa forma os Espíritos individuais terão acesso aos mais altos níveis da consciência. A mulher é considerada magnética, o homem por sua vez elétrico, energeticamente falando, mulher (luna da alquimia), passiva, lunar, receptiva e carregada com o poder de polaridade negativa (YIN). De várias maneiras, ela atrai, absorve e armazena energia sutil que se mantém latente. Quando conectada de uma maneira adequada com o macho elétrico (YANG), sendo dinâmico e positivamente carregado de energia sutil, a energia feminina (PARA SHAKTI-mãe primordial) produz uma complexa reação alquímica e, assim, o casal gera um centro de energia eletro-magnético. Isto é muito fácil de verificar. Certas técnicas TANTRICAS permitem que o praticante, comprove na prática as diferenças bioenergéticas de polaridade existentes entre o homem e a mulher, bastando para tanto que estejam energizados ao mais alto grau, através da dinâmica sexual, na qual uma troca mútua entre estas duas formas primárias de energia (YIN / feminino, YANG / masculino) que ocorre durante a relação sexual, em que os dois parceiros harmonizam-se em vários níveis (respiração, batimento cardíaco, sinapses cerebrais, temperatura corporal, etc.). Quando realizada na forma TANTRICA Vama Marga (sucessivos orgasmos com o controle da ejaculação), estes intercursos podem intensificar o desenvolvimento das capacidades extra-sensoriais latentes (sidhis), ampliando o poder mental de ambos os parceiros além de qualquer expectativa.


O jovem (adepto do Tantra/LeftHandPath/Alchemy) que prática a união sexual como método de desenvolvimento espiritual, utiliza a energias sutis do homem, aliado ao corpo e as energias complementares da mulher, para assim atingir um estado de harmonia com o Absoluto (unidade primordial).


A relação do 2 (dois) com a forma: Os Sólidos Platônicos

No livro Timeu, escrito por volta do ano de 350 a.C., Platão apresenta a teoria segundo a qual os quatro "elementos" admitidos como constituintes do mundo - o fogo, o ar, a água e a terra - eram todos agregados de sólidos minúsculos. Além disso, defendia ele, uma vez que o mundo só poderia ter sido feito a partir de corpos perfeitos, estes elementos deveriam ter a forma de sólidos regulares.

  • Sendo o mais leve e o mais violento dos elementos, o fogo deveria ser um tetraedro.
  • Como o mais estável dos elementos, a terra deveria ser constituída por cubos.
  • Como o mais inconstante e fluido, a água tem que ser um icosaedro, o sólido regular capaz de rolar mais facilmente.
  • Quanto ao ar, Platão observou que: "o ar é para a água o que a água é para o ar," e concluiu, de forma algo misteriosa, que o ar deve ser um octaedro.


Modelos de pedra do cubo, tetraedro, dodecaedro, icosaedro e octaedro, feitos no período neolítico (aprox. 2000 a.C.).

Prova de Cauchy
da fórmula de Euler.

Obs: A fórmula de Euler não é válida para superfícies poliedrais com buracos! (ou vazio primordial)

Obs2: A soma dos ângulos externos de um polígono convexo é igual a 2pi. A soma dos ângulos internos de um polígono convexo com n lados é igual a (n-2)pi.

"Se quiserdes saber o segredo desta força suprema, deveis separar a terra do fogo, o fino e sutil do espesso e grande, suavemente e com todo o cuidado. Sobe da terra ao céu e, dali, volte a terra para receber a força do que está em cima e do que está em baixo."